18 fevereiro, 2012

Desenho de um oásis

Estou com sede!
Preciso beber traços,
quero me embriagar.

(Os rabiscos me tiram a sobriedade)

Por causa deles tropeço
nos meus desastres,
nas minhas quimeras.

Trocaria as letras
pelo silêncio barulhento
que as imagens conseguem me proporcionar.

... Mas elas sumiram,
secaram (do poço da imaginação).
Onde estiverem, as buscarei
porque estou com sede!

5 comentários:

  1. Nossa, se o poço da imaginação secar, o que será de nós?
    Gostei do poema, adoro a forma como você coloca as palavras, joga com elas, com os traços, o ritmo.
    Continue buscando as imagens, traços... Bom fim de semana.

    ResponderExcluir
  2. Seca os demais poços... Certamente.

    Obrigada, querida. Espero encontrar o oásis, tenho caminhado longas dunas à procura das imagens e traços (além das palavras!).

    ResponderExcluir
  3. Amo, amo, amo a maneira que escreve... firme, concisa, ponderada. Uma poetiza em busca do ao redor. Se escrever sobre a própria busca em si, poderá nos dar o prazer de caminhar juntos na trilha do observar contemplativo, analítico, sensível e poético de uma Poetisa Verdadeiramente A M A D O R A ao invés de uma medíocre profissional que não ama o escrever mas o faz somente como um jeito de ganhar um troco em troca de rimas secas... Acredito muito no teu talento. Aproveite-o. Faço questão de comprar um exemplar do "HOLOTTATA - CAMINHOS VERSADOS NO ESPAÇO REMOTO"... Tens o poder de imaginar a realidade, por isso, nunca lhe faltará inspiração... és poeta humana e não mera escritora... CONFIE NO TEU POTENCIAL!!!

    ResponderExcluir
  4. Oh, ilustríssimo Marx! Há quanto tempo!
    Sou muitíssimo grata por suas belas palavras. Sempre consegue descrever e opinar de forma peculiar... Pode ter certeza de que não cansarei de buscar ao redor; nem sempre escrevo, mas não esqueço dessa prazerosa atividade.

    E olha, quanto ao exemplar (hahaha) acho meio improvável, no entanto... Eles podem virar registros perdidos nas pautas borradas de um caderno, afinal, a internet não é um baú agradável. Não exala um cheirinho de palavras antigas se renovando a cada piscar de olhos...

    Sinto falta de abrir a gaveta e encontrar poemas teus também, estão trancafiados agora?

    ResponderExcluir
  5. Não me chame de ilustríssimo... nem mesmo há gotas de ilustrabilidade nessa pequena alma perdida no tempo e no espaço de Drês... aquela que nos faz viajar no teu trançado embutido de belas letras... ágeis e precisas como que produzido por mãos de artesã que ama a arte de trançar com 3 fios: letras, palavras e pensamentos... obrigado pela visita! É sempre bom te "ver"!

    Espero que só deixe seus pés no chão quando realmente necessário... assim teremos mais palavras de Drês para curtir...

    Drês é a única pessoa, que eu conheço, que ao olhar os próprios pés consegue ver os céus pela janela...

    Parabéns, pela visão privilegiada e incomum!

    ResponderExcluir